terça-feira, 25 de junho de 2013

Reeducação Postural

Trabalho realizado por:
Prof. Blair José Rosa Filho
INTRODUÇÃO
Sabendo-se que a postura é uma resposta externa de nossos sentimentos interiores e que uma postura incorreta traduz fadiga e tensão aos ligamentos e músculos podendo resultar em dor e deformidades. Este trabalho visa mostrar e esclarecer a biomecânica da coluna vertebral que é muito complexa, as características principais da deformidade, suas formas de manifestação a prevenção e correção postural.

BIOMECÂNICA DA COLUNA VERTEBRAL
A mecânica vertebral é complexa. Todas as vértebras têm dimensões, formas e localizações diferentes. Para cada espaço articular, cada movimento é a resultante daqueles que acontecem numa soma de pequenas articulações interdependentes: as dos processos articulares atrás de cada lado e corpos vertebrais na frente. O eixo do movimento realizado é sempre a resultante virtual daquele de cada uma delas.
Se, no plano anteroposterior, plano de simetria, os movimentos da coluna normal podem ser analisados e conduzidos bastante facilmente, o mesmo não acontece nos outros planos, lateral ou de rotação, visto que a coluna vertebral raramente é vertical: ora ela se inclina para a frente, ora para trás, e isto mais ou menos a cada espaço.
Várias afirmações foram feitas:
- a posição da cifose de um segmento o bloqueia, a posição de lordose o libera;
- toda inflexão lateral feita em cifose tende a provocar uma rotação para o lado oposto.
Estas afirmações nos parecem dever ter diferenças muito sensíveis. Certamente, a posição em cifose, colocando em tensão todo o sistema ligamentar posterior, bloqueia os processos articulares, estica o ligamento anterior e conduz igualmente a uma limitação do movimento. Então parece que para ter o máximo de amplitude nas mobilizações sistemáticas é preferível agir numa posição média de ereção: o sistema ligamentar é distendido inteiramente por isso. A extensão axial limita as associações dependentes.
Atualmente, atribui-se a manutenção das conexões das vértebras entre si e a elevação geral da coluna ao sistema muscular curto, profundo das goteiras vertebrais. O sistema muscular longo, superficial, por ter um papel mais cinético, iria intervir também nessa manutenção em função das posições gerais tomadas, pendentes nessa manutenção em função das posições gerais tomadas, pendentes ou inclinadas e esforços apresentados.
Deve-se lembrar que a coluna, sendo um mastro articulado, amarrado com cabos de todos os lados, no tronco um sólido eminentemente deformável, toda a musculatura do tronco intervém constantemente nas cineses, ao mesmo tempo para tornar rígido o conjunto em função das posições e dos esforços a produzir e/ou para mobilizá-lo; fixação e mobilização são constantemente associadas no decorrer do trabalho.
Os desvios e as deformações patológicas vem complicar estes problemas e até transformá-los completamente. Os ligamentos e os músculos se encolhem na cavidade. Não somente este encurtamento se opõe à recolocação da curvatura, mas ele provoca a assimetria das pressões sobre as epífises vertebrais, favorecendo as deformações estruturais. Enquanto que as massas musculares da concavidade se encurtam e se enfraquecem, as da convexidade se alongam e se reforçam. Assim, o desequilíbrio das tensões se agrava sem cessar.
Considerando a localização do material metálico e da artrodese, convém então, sempre, relatar o mais possível todos os exercícios que mobilizam as cinturas e os membros. Existe assim a criação de substitutos, aumentando as possibilidades articulares das extremidades interessadas e adaptando as sinergias nos movimentos globais.
Com a aplicação desses princípios:
- Os músculos paravertebrais serão solicitados pelos exercícios tonificantes, estáticos em contração isométrica;
- Os músculos da cintura escapular, mais particularmente aqueles que a unem aos membros superiores, poderão ser mais solicitados em cinétrica, por movimentos amplos desses membros no nível da articulação escápulo-umeral.
- Os membros inferiores poderão ser solicitados, a partir da articulação coxo-femural, por movimentos de amplitude que preparam para substitutos, na medida em que a região lombar foi mais ou menos enrijecida pela intervenção. É indispensável dar uma maior flexibilidade a todas as articulações dos membros inferiores.
Gradativamente, os exercícios tornar-se-ão mais globais. Sua execução, automaticamente, será cada vez mais natural.

CURVAS NORMAIS DA COLUNA VERTEBRAL
Em vista posterior, a coluna normal é vertical. Este alinhamento linear permanece quando o sujeito flete o tronco. De perfil a coluna apresenta curvas fisiológicas anterior e posterior, que aumentam sua resistência é compressão axial.
Ao nascer uma criança apresenta uma curva única, de convexidade posterior; quando ela eleva a cabeça, a partir da posição prona, e desenvolve a capacidade de sentar a coluna cervical toma-se convexa anteriormente. Quando já consegue se manter em posição ereta e caminhar, as vértebras lombares desenvolvem uma convexidade anterior, em parte ocasionada pela tensão do músculo psoas. Aos dez anos mais ou menos as curvas fisiológicas já são iguais as de um adulto, distribuindo-se da seguinte forma: cervical ( concavidade posterior), toráxica (convexidade posterior), lombar ( concavidade posterior) e sacra (convexidade posterior).
Quando uma pessoa normal está em pé e lentamente flete a cabeça, pescoço e tronco, a vista lateral dos processos espinhosos revelam um desenvolvimento de uma convexidade posterior, sem áreas achatadas ou angulações. A flexão lateral, observada posteriormente, também produz curvas simétricas dos processos espinhosos. A falta de simetria, presença de áreas retas ou angulações indicam hipo ou hipermobilidade das articulações ou músculos. Embora estes desvios sejam anormais, podem ou não ser acompanhados de dor ou disfunção.

CURVAS PATOLÓGICAS DA COLUNA VERTEBRAL
CIFOSE
Aumento pronunciado da convexidade posterior da curva torácica é referido como cifose A cifose senil refere-se ao dorso curvo rígido do idoso, associado com o colapso dos discos intervertebrais, devido ao deslocamento do núcleo pulpos.
LORDOSE
Um aumento excessivo em uma das convexidades anteriores da coluna vertebral normal é conhecido como lordose lombar ou lordose cervical. Uma lordose lombar pode ser atribuída a uma postura incorreta, porém o fator determinante pode ser também uma contratura dos flexores de quadril, ou outras patologias do sistema ósseo ou neuromuscular.
ESCOLIOSE
A escoliose é um desvio lateral da coluna, que pode ser funcional ou estrutural.
A curva funcional é flexível e tende a desaparecer quando há uma inclinação para frente na posição de pé; já na curva estrutural, as vértebras desviam-se lateralmente da linha média do corpo e ao mesmo tempo, estão rodadas ao redor do eixo longitudinal. Na região torácica, as costelas rodam com as vértebras, de modo que quando a pessoa inclina-se anteriormente, pode-se então observar uma protuberância das costelas do lado da convexidade da curva.

POSTURA
É a posição que o corpo assume no espaço em função do equilíbrio de vértebras, discos, articulações e músculos.

FUNÇÃO
A coluna vertebral é o centro do suporte do organismo humano, possui três funções básicas, a saber:
1) sustentação do organismo - desempenhado através dos ossos da coluna, (vértebras) e pelos discos intervertebrais.
2) Movimento do corpo - desenvolvida pelas articulações existentes entre a parte posterior das vértebras e principalmente pela musculatura.
3) Proteção - a medula nervosa é um, prolongamento do cérebro e assim sendo é uma parte nobre do sistema nervoso central, a coluna vertebral protege, como se fosse uma caixa, a medula nervosa.

SUSTENTAÇÃO
Ao analisarmos o homem na posição ereta sobre os dois pés, observamos que o eixo de sustentação passa pela coluna vertebral. Em seu desenvolvimento e evolução na escala animal, ao assumir a posição ereta o homem estava tomando uma posição antigravitacional, pois tinha que fazer uma força maior para vencer a força da gravidade. Isso só foi possível graças à coluna e aos músculos. A coluna teve que se adaptar, e, ao invés de ser um tubo rígido adquiriu curvas de adaptação; já os músculos se desenvolveram em várias camadas nas costas, permitindo assim a posição vertical da coluna, (antigravitacional). A posição da cabeça só é possível graças a estrutura óssea da coluna cervical e ao desenvolvimento dos músculos adequados no pescoço.

MOVIMENTO DO CORPO
Toda posição que o corpo adquire no espaço correspondente a um novo eixo de equilíbrio para que não haja uma queda ao solo; desta forma cada movimento que realizamos obriga a coluna (vértebras, discos e articulações) e os músculos a uma ação constantes de equilíbrio.

POSTURA ESTÁTICA
É o equilíbrio do organismo do homem na posição parada (em pé, sentado ou deitado) em situação que não cause nenhum dano as estruturas anatômicas responsáveis por tal, e não produza dor quando essa posição for mantida durante muito tempo.
Olhar no horizonte, ombros bem distendidos, abdome não proeminente e os pés ligeiramente afastados entre si, esta é a postura estática, em pé de um homem parado.

POSTURA DINÂMICA
A coluna participa na realização de todos os movimentos de deslocamento do corpo; logo denominamos postura dinâmica como sendo o equilíbrio adequado na realização dos movimentos que devem ser executados sem dor.
Na posição adequada de equilíbrio, as vértebras, os discos, as articulações e os músculos, executam essa função com mínimo de desgaste.

ALTERAÇÕES DA POSTURA
A postura da pessoa sentada passou a ser alterada ao longo dos anos devido ao formato de cadeiras, mesas, posicionamento incorreto da estrutura no espaço; o modo do indivíduo anda, variou devido ao uso de calçados, principalmente nas mulheres devido ao uso de saltos altos. Ao repousar a postura foi alterada por diversos tipos de colchões, e posições viciosas, que causam o desgaste precoce das estruturas da coluna, principalmente o disco cartilaginoso.

O FATOR PSÍQUICO ALTERANDO A POSTURA
A pessoa deprimida anda cabisbaixa, com ombros arqueados, as pernas semifletidas, como se estivesse carregando todo o peso do mundo em suas costas.
O otimista enfrenta o mundo de frente, olhando as pessoas nos olhos, com disposição para resolver os problemas. Foi observado que pessoas angustiadas, os neuróticos, deprimidos, tensos, etc., têm uma tendência maior de apresentar dores na coluna, porque têm uma postura viciosa, tanto para andar, como para trabalhar, ou sentar; em resumo, o seu modo de viver geralmente esta sendo feito numa atitude mental incorreta, que têm seus reflexos sobre o equilíbrio postural adequado que por si só causam dor.

A IDADE COMO FATOR DE ALTERAÇÃO DA POSTURA
A idade é um fator de desgaste natural para as estruturas; estas alterações estruturais são muito nítidas e na maioria das vezes não causam dores acentuadas e, na absoluta maioria das pessoas, a acomodação se faz naturalmente.
Na pessoa idosa os movimentos são mais lentos e limitados e, por isso, o equilíbrio postural é mais difícil, explicando assim tantas quedas. Já a partir dos 20 anos de idade as articulações em geral e a coluna em particular começam a perder a elasticidade e a maleabilidade. A dona de casa, o operário, o profissional liberal, o trabalhador braçal, com o passar dos anos, apesar de terem melhores conhecimentos nas suas áreas de trabalho, precisam adaptar-se a um ritmo onde cuidados com a saúde física e a prevenção devem ser observados.

COLUNA CERVICAL
A primeira curvatura lordótica aparece entre a sexta e oitava semana de vida e é conseqüente do decúbito ventral da criança que estendendo o pescoço começa o trabalho muscular formando a lordose cervical.
Pelo menos três fatores vão influenciar a postura do adulto após ter assumido a postura ereta: hereditariedade, doenças e hábito postural.
A postura é influenciada por fatores hereditários onde pais e avós transmitem para o filho, exemplo: postura cifótica dorsal grave, pescoço curto de touro. Estas anormalidades estruturais que contribuem para a postura podem ser congênitas, hereditárias ou de moléstias. Sem dúvida a mais insidiosa e difícil de mudar é o efeito das emoções, hábitos e treinamento.
A postura é uma resposta externa de nossos sentimentos interiores, pessoas fatigadas, deprimidas, assumem a postura: costas curvadas para frente e ombros caídos, cabeça adiante do centro de gravidade em posição excêntrica e forçada. Esta postura traduz fadiga e tensão aos ligamentos e músculos resultando em dor.
Uma pessoa tensa, hipercinética é incapaz de relaxar, não consegue aliviar a tensão muscular, isto mantém os músculos em contradições isométricas.
A tensão tanto emocional como física, a de uma atividade tediosa prolongada, irá afetar o pescoço mais do que qualquer outro setor neuro-muscular esquelético. A "mialgia tensional" do pescoço é comum, traz dor e incapacita para os movimentos.
As posturas consideradas "pobres" aumentam a cifose dorsal, colocando a cabeça adiante e aumentando a lordose cervical; levando a quadros de algias.

MOVIMENTO DO PESCOÇO
A movimentação total do pescoço advém de uma composição de todos os movimentos segmentares, onde todos se movem de forma sincronizada. Contudo a direção e o grau do movimento varia nos diferentes níveis do segmento da coluna.
O principal movimento em escala de amplitude ocorre na porção superior entre o crânio e a terceira vértebra cervical; a flexão, extensão, lateralização e rotação ocorrem entre o crânio e o atlas, e entre o atlas e o axis. Abaixo do axis os movimentos dependem da elasticidade dos ligamentos e da distorção e compressibilidade dos discos intervertebrais.
Movimento no plano ante-posterior (flexão/extensão) ocorre entre occipital e atlas; a flexão tem amplitude de 10º e a extensão 25º, podendo assim a cabeça se mover 35º sem a participação do pescoço. Todos os movimentos entre crânio e o atlas são impedidos pelas facetas articulares.
Laterização e rotação da cabeça e pescoço, o occipital e atlas movem-se juntos.
O maior movimento da coluna cervical ocorre entre o atlas e o axis que são capazes de produzir uma rotação de 90º desde a extrema direita e a extrema esquerda.
Entre C2 e C7 ocorre os movimentos de flexão e extensão, lateralização e rotação. Quando ocorre a flexão, a porção anterior do disco se comprime e a posterior se alarga, o inverso ocorre na extensão.
Na flexão anterior, o canal cervical se alonga e na extensão ele se encurta; na rotação da cabeça quer seja para a direita ou esquerda, o canal se estreita. Este estreitamento é causado mais pela dura-máter do que pelo estreitamento ósseo. Os foramens se alargam na flexão do pescoço e se estiram na extensão, e são influenciados pelos movimentos de flexão lateral e rotação da cabeça; os foramens se fecham no lado da inclinação e rotação.
Em uma coluna normal este estreitamento dos foramens não comprime qualquer tecido contido nestes. Já em uma coluna anormal, onde as vértebras estão muito juntas ou na qual o movimento é excessivo os foramens podem se tomar apertados.

SUPORTE LIGAMENTAR
Os ligamentos da coluna cervical são resistentes o bastante para controlar os movimentos, e ajudando no suporte dos músculos do pescoço; têm uma frouxidão que permite uma grande amplitude de movimento. Sua resistência é comprovada pela proteção à medula espinhal e aos nervos espinhais contra as pressões e tensões aplicadas no pescoço.
Músculos e ligamentos suportam o choque das tensões oriundas dos movimentos, mudanças de posição e vários graus de traumas; quando os músculos estão sobrecarregados ou fatigados, os ligamentos suportam sozinhos todas as tensões.
A estabilidade da articulação atlanto-axial depende inteiramente dos ligamentos. O atlas move-se ao redor do processo odontóide e esta preso ao processo pelo ligamento transverso; que é tenso e resistente para manter o relacionamento normal do atlas sobre o axis. O seu rompimento leva a complicações idênticas a uma fratura do processo odontóide.

MÚSCULOS DO PESCOÇO
Estão divididos em dois grupos funcionais:
1º) Os que flexionam e estendem a cabeça; e
2º) Os que flexionam e estendem a coluna cervical.
Os flexores da cabeça são principalmente o reto menor e o longo da cabeça; os extensores são quatro pequenos músculos que vão da base do crânio até o axis e atlas (os retos posteriores da cabeça, o menor e o maior da cabeça e os oblíquos da cabeça, superior e inferior), e ainda músculos maiores (esplênio da cabeça e esplênio cervical) que funcionam como rotadores individualmente e extensores que trabalham de forma bilateral. Existem outros músculos continuações dos músculos eretores da coluna vertebral que atuam no pescoço.
A musculatura principal do pescoço do grupo extensor se localiza sobre a área atianto-axial (principal área de atuação) e a maioria dos músculos flexora se localiza na quarta vértebra cervical C4, maior área de tensão flexora.

DOR, COMO ACONTECE
Aumento de pressão em um disco já degenerado ou lesionado causa dor, oriunda da pressão intradiscal que cria uma protusão no material discal este entra em contato com o ligamento longitudinal posterior que contém fibras dolorosas que se irritam com este processo.
A raiz nervosa dentro do canal da coluna no seu curso através do forâmen intervertebral é um tecido sensível a dor, e três são os locais responsáveis pela geração de dor quando irritadas as raízes nervosas.
1º) Fibras nervosas da bainha dural da raiz nervosa
2º) Envolvimento da raiz dorsal (sensitiva)
3º) Fibras sensitivas da raiz motora.
O estiramento do nervo e de sua bainha dural causam prejuízo a circulação vascular, a isquemia leva a dor nervosa. A dor pode se originar do tecido muscular de várias formas. A teoria de que a pressão na raiz nervosa causa espasmo muscular reflexo e que leva a dor, prova a responsabilidade muscular do pescoço pela geração de dor nesta região.
Contrações musculares constantes podem acumular catabólitos dentro do músculo prejudicando a irritagação intrínseca, estes produtos finais das contrações são irritantes e são fatores importantes na patogenia da dor nos casos de tensão cervical. A contração muscular intensa exerce tração na junção miofascial do periósteo, e a irritação da tração do periósteo provoca dor local e hipersensibilidade. Também o estiramento passivo ou contração ativa do músculo provoca dor; pequenas rupturas de fibras musculares ou elementos fibrosos do interior dos músculos podem provocar dor.

DOR CERVICAL ORlGlNADA NAS PARTES MOLES
A dor na região cervical se apresenta de diversas maneiras e tem origem em muitos tecidos, e são produzidas por mecanismos diferentes. Pode-se sentir dor no pescoço ou ser produzida neste com reflexos em outras áreas.
Geralmente a dor não é sentida onde origina, as que têm origem no osso (periósteo) ou na pele são sentidas na sua origem; porém quando se originam em outras estruturas somáticas profundas sua distribuição e difusa e pode ser sentida em pontos distantes.
A distensão dos tecidos periarticulares, espessados e contraídos leva a dor quando do movimento do pescoço; a prova deste fato é que quando estas estruturas capsulares e musculares são submetidas a exercícios de relaxamento e alongamento há diminuição da dor.

DORES NOS BRAÇOS E MÃOS
O nervo espinhal localizado entre as vértebras C6 e C7 poderá produzir uma dor localizada no braço direito ou esquerdo (dependendo do lado em que o orifício de conjugação estiver comprimido o nervo), também poderá refletir dor para o dedo mínimo e médio; a dor corresponde a um distúrbio da sensibilidade do nervo, que pode ser formigamento, adormecimento. Pode ocorrer também uma perda de força, e isso corresponde a um distúrbio motor do nervo.

DISFUNÇÃO LOMBAR OU ENTORSE LOMBOSSACRA
A sua fisiopatologia se explica pelos desvios da atitude normal ereta, causando strains agudos crônicos, em estruturas ligamentares e articulares "Lombar Strain", responsáveis pelos quadros dolorosos. A grande maioria dos defeitos posturais pode acarretar: exagero da lordose lombar, movimento exagerado da bacia, curvas de compensação, contratura dos músculos paravertebrais e limitação dos movimentos da coluna lombar. Algumas condições levam a estas distorções posturais; atitudes viciosas habituais ou profissionais, permanência em pé prolongada, trabalho sedentário, obesidade, abdome em pêndulo, visceroptose, pé vicioso, massas musculares insuficientemente desenvolvidas.
Muitos pacientes com lombalgias são agrupados nesta categoria, identificada simplesmente como Disfunção ou Distensão Lombossacra. A causa é desconhecida, mas, provavelmente, algumas patologias reversíveis possam apresentar sintomas semelhantes, tais sejam, subluxação das facetas articulares, prolapso transitôrio do disco> laceração parcial de ligamentos. Shestack, R. (1987). Obesidade: interfere negativamente na coluna: o excesso de peso produz uma maior pressão sobre as estruturas envolvidas na dor, quais sejam, os discos intervertebrais, os filetes nervosos as articulações interapofisárias e os ligamentos intervertebrais. Por outro lado, a flacidez e a distensão da parede abdominal são uma constante na obesidade, inpedindo um suporte adequado para a coluna. Sabemos que uma parede tensa e musculosa diminui a carga sobre os discos e corpos vertebrais, em 30% sobre a coluna lombar e 50% sobre a charneira dorsolombar. Daí a importância da fraqueza abdominal na gênese das lombalgias.

ESCOLIOSE
A palavra escoliose procede do grego "curvatura da coluna". É definida como curvatura lateral da coluna vertebral, que se caracteriza por profundas alterações estruturais, que vistas pelo lado côncavo estarão representadas por uma diminuição do espaço intercostal, uma estenose do canal vertebral, um desvio do processo espinhoso de sua linha de simetria e uma projeção lateral e anterior das costelas. Do lado convexo, as alterações são representadas por uma projeção do gradil costal posteriormente, uma rotação do corpo vertebral, e um aumento do espaço interposta como conseqúência da projeção posterior do gradil costal, surge o perfil dorsal assimétrico, também chamado de Giba.
Pode-se definir também a escoliose como uma deformidade da própria vértebra, que tem seus constituintes anatômicos assimétricos, assim como uma posição relativa anormal das vértebras entre si.
Segundo René Perdriolle, Escoliose é uma curva que se desenvolve no espaço. É devida a um movimento de torção generalizado por toda a raque. Esse movimento é produzido por uma perturbação localizada que origina uma ruptura do equilíbrio raquidiano.
De acordo com Charriére, as escolioses tem certas características importantes:
- o desvio é permanente: há sempre uma parte mais ou menos importante de não-redutibilidade.
- as lesões anatômicas são constantes: existe sempre alteração estrutural.
- a rotação vertebral é sempre associada à inflexão lateral. Também, quando se constata gibosidade ou saliência para-espinhal, pode-se afirmar quase infalivelmente que se trata de escoliose.
CLASSIFICAÇÃO DAS ESCOLIOSES
- Escolioses não estruturadas: causas reversíveis, sem rotação.
- postural - freqüente em adolescentes, curvas leves, desaparecendo com a flexão anterior da coluna ou ao decúbito.
- secundárias - diferente longitude dos MsIs, dor e espasmo muscular, lesão dolorosa (inflamação e neoplasia).
- Escolioses estruturadas transitoriamente.
- Escolioses estruturadas: curvas irreversíveis com rotação dos corpos na região da curva principal.
- idiopáticas ou essenciais - geralmente hereditárias, elas constituem a parte mais importante: aproximadamente 70% do conjunto das escolioses. Segundo a idade, há 3 tipos: infantil (antes dos 3 anos), juvenil (dos 3 aos 10 anos) e adolescente (de 10 até a maturidade).
- osteopáticas - congênitas, paralíticas, traumáticas, metabólicas, tumor, infecção e doença reumatóide.

CLASSIFICAÇÃO DAS CURVAS
Quanto a flexibilidade
- Hiperlasia: frouxidão ligamentar dos Msis, ligamentos intervertebrais.
- Postural; diferença dos MsIs, desnível de quadril e hábitos viciosos.
- Estruturais: com componente rotatório, vértebra cuneiforme, gibosidade, hermitórax escoliótico, deformação dos discos e diminuição da expansão torácica.
Quanto à morfologia
- Curva simples ou em C
a) Cervical
b) Dorsal
c) Lombar
d) Dorsais típicas
e) Totais
- Combinadas:
a) Cérvico-dorsal
b) Dorso lombar
- Com 2 curvas maiores:
a) Dorsal e lombar
b) Dupla dorsal
c) Dorsal mais dorso lombar

TRATAMENTO FISIOTERÁPICO
No que se diz respeito ao tratamento fisioterápico tem-se uma série de informações importantes de ordem radiográfica e clínica que permite avaliar a gravidade do caso, e a partir dai, traçar-se três esquemas de tratamento:
- o tratamento livre apenas por reeducação para as escolioses ditas "leves" (até 30º).
- o tratamento ortopédico associado à fisioterapia nas escolioses moderadas (30 a 50º).
- o tratamento cirúrgico associado à fisioterapia nos casos mais graves (acima de 50º)
Objetivos do Tratamento:
- Reeducação postural.
- Exercícios de conscientização da postura correta.
- Alongamento
- Fortalecimento
- Eliminação da causa
- Prevenir evolução

TRATAMENTO APENAS POR REEDUCAÇÃO
> Exercícios posturais corretores:
- paciente em pé diante do espelho ortopédico com a ajuda visual permanente:
a) extensão axial equilibrada
b) Colocação da bacia
c) Correção dos triângulos do tórax em nível lombar
d) Correção dos mesmos triângulos em nível das axilas
- em pé: conservando todas as correções, elevar-se na ponta dos pés, voltar os calcanhares ao chão.
- caminhada diante do espelho, com peso leve na cabeça.
- oscilações lentas da bacia em todos os planos, para chegar ao "corpo centrado", bacia colocada corretamente e todas as posturas mantidas.
- posições deitadas, abdominais, primeiramente a fim de ver as costas do paciente na medida em que não existe problema antero-posterior importante.
- posição sentada: em cadeira, geralmente, para evitar a flexão lombar no sentido da cifose e para se colocar em condições de utilização funcional desta posição cada vez mais comum. De frente para o espelho, os olhos abertos, depois fechados, o paciente realiza suas correções, sucessivamente primeiro, depois associadas.
> Exercícios ativos:
- em decúbito ventral: estiramentos praticados em escoliose o mais corrigido possível, corpo centrado:
a) braços ao longo do corpo, com deslizamentos alternados ou simultâneos das mãos no chão.
b) braços em candelabro, com estiramento alternado ou simultâneo das mãos no chão.
- exercícios Klapp em deambulação: o deslocamento se efetiva sobre um círculo, quando os exercícios no mesmo lugar estiverem perfeitamente aprendidos.
- em suspensão: passar da suspensão passiva à ativa, com todas as correções:
a) Em suspensão sobre prancha mais ou menos inclinada com referência à horizontal.
b) Em suspensão de frente vertical.
- manutenção do tronco nas posições inclinadas:
a) Exercícios de fixação escapular (sem ou com halteres).
b) Com uma inclinação dada ao tronco, manter utilizando "carga máxima de correção".
- caminhadas diversas com pesos: normal, ponta dos pés, com parada para losango ou para leve inclinação para a frente.
- exercícios de equilíbrio:
a) Equilíbrio sobre um pé (sem perder correções).
b) Caminhada sobre um risco traçado no chão.
c) Caminhada sobre viga.
d) Abaixamento dos ombros.
e) Em D.D., fazer movimento de báscula com a bacia, insistindo na retroversão.
f) Em D.V.: mesmos tipos de exercícios.
- exercícios respiratórios:
a) Exercício modelador para prevenir o dorso plano: sentado em uma cadeira, inspirar profundamente curvando as costas; manter-se possível, alguns segundos em apinéia e relaxar soprando forte.
b) Espirometria e espiroscopia sistemáticas.
- musculação:
a) Abdominal: decúbito dorsal, braços ao longo do corpo mantendo o estiramento axial ativo, lombos colados no chão e membros inferiores estendidos a 80º: afastamentos laterais, tesouras, oscilações lentas dos membros inferiores esticados e juntos.
b) Retrovertebral: decúbito ventral no chão ou em extremidade de banco: elevar levemente os dois membros inferiores, afastamentos dos membros inferiores ao nível do chão.
É muito importante ressaltar que o êxito deste tipo de tratamento depende muito da adesão do paciente, de sua participação motivada, ativa e perseverante ao longo do tratamento. E preciso relevar a importância do papel psicopedagógico de todas as equipes que acompanham o paciente: centro especializado e principalmente fisioterapeuta local.
> Exercícios abdominais:
- deitado de costas, corpo centrado, membros inferiores fletidos, pés no chão, todas as correções posturais mantidas nos três planos: Flexão das duas coxas sobre o abdome e retorno.
- deitado em decúbito dorsal, com os dois membros inferiores estendidos entre 40º e 90º do solo de acordo com a lombar:
a) Afastamento dos membros inferiores.
b) Tesouras dos membros inferiores.
- sentado em banco, tronco vertical mantido corrigido nos três planos, pés presos: inclinar o tronco para trás, e volta, girando levemente sobre os ísquios. Observar o comportamento lombar.
- decúbito lateral esquerdo, correção dorsal reforçada, mão segurando o degrau da barra sueca, bacia levemente girada para trás: levantar ligeiramente os dois membros inferiores acentuando ainda as correções lombares e tesouras horizontais dos membros inferiores.
É necessário que certos conselhos importantes sejam dados aos pacientes, tais como:
- evitar os esforços violentos ou prolongados.
- se períodos de repouso são prescritos durante o dia, considerá-los como posição de correção.
- pensar em suas correções na vida corriqueira.
- manter um equilíbrio entre atividade física e repouso.

TRATAMENTO CIRÚRGICO
O tratamento cirúrgico é reservado para as escolioses de mais de 45 - 50º.
Na intervenção cirúrgica a fisioterapia mantém sua grande importância. Ela atua sempre para preparar a intervenção, para assegurar as seqüências, trazer de forma útil os complementos reeducativos e de reabilitação.
De acordo com a importância do desvio das escolioses possíveis de cirurgia, pode-se classificar essas escolioses em:
- escolioses moderadas - 45º - 50º a 80º - 100º
- escolioses severas - 40º - l00º a l20º - l50º
- escolioses muito graves - 150º - 200º

FISIOTERAPIA NA FASE PRÉ-OPERATÓRIA
Conforme os casos, os tratamentos pré-operatórios empregam exercícios progressivos diferentes. Pode-se esquematizar da seguinte forma:
- fisioterapia com base amaciadora;
- alongamentos vertebrais;
- fisioterapia respiratória para aumentar a capacidade vital;
- cinesioterapia para preparação muscular.
Nesta fase, mobilizações passivas ou ativo-passivas tendem a amaciar sistematicamente, sem insistir sobre a estrita localização das curvaturas. Alongamentos, flexões, extensões, inclinações laterais, rotações são feitas no inicio com posições deitadas, de quatro, sentadas ou mesmo em suspensão. Elas permitem mobilizar em todos os planos, insistindo nas zonas de rigidez e na modelagem das gibosidades.
A respiração é educada a fim de que, nas seqüências imediatas da intervenção, o operado possa praticar corretamente seus exercícios de ventilação e de repouso:
- estudo dos tempos respiratórios, busca de amplitude;
- respiração abdominal, para evitar as reações dolorosas no nível da artrodese dorsal.

FISIOTERAPIA NA FASE DE PÓS-OPERATÓRIO
A fisioterapia é primeiramente respiratória e modeladora.
O trabalho respiratório em todas as suas formas é ainda útil pelo fato mesmo das opressões torácicas inerentes ao gesso. A recuperação da capacidade vital, cortada pela intervenção, tinha sido estimulada durante a fase de enfermagem; ela será prosseguida durante todo o período de contenção; e também, sobretudo, posteriormente.
A fisioterapia visa ainda à recuperação progressiva, primeiro em busca específica ao nível da coluna: oxigenação, marchas com auto-alongamento, exercícios de ginástica em decúbito tendo sobretudo um efeito psicológico.
Progressivamente, a fisioterapia melhora as reações posturais, propõe uma musculação simétrica e efeitos funcionais adaptados.
A musculatura de apoio é tomificada com contração isométrica rigorosa:
- exercícios abdominais estáticos em decúbito dorsal, a angulação dos membros inferiores, com relação á horizontal, é escolhida e mantida para que a zona artrodesada não sofra nenhum efeito de cisalhamento.
- exercícios de tomificação retrovertebral muito progressivos.
- exercícios de marchas.
Nenhum exercício busca mobilizar a região operada. Deu-se evitar as sobrecargas e os maltratos das interlinhas vertebrais que ficaram livres.

TRATAMENTO ORTOPÉDICO ASSOCIADO À FISIOTERAPIA
Esse tratamento associa a fisioterapia à órtese. A fisioterapia garante a necessária manutenção fisiológica geral do paciente.
A fisioterapia participa do tratamento corretor com seus exercícios próprios e permite a rigorosa vigilância da órtese.
Os tratamentos ortopédicos mais praticados atualmente de acordo com os tipos de órtese usadas são:
- os tratamentos ortopédicos ditos lioneses, por gessos corretores e colete.
- os tratamentos por colete de Milwaukee, órtese a qual pode-se associar o colete de Boston.
A escolha terapêutica é feita em função da idade do paciente e da gravidade da escoliose.
A fisioterapia no uso da órtese tem como objetivos:
- exercícios corretores.
- tomada de consciência do corpo e imagem corporal.
- conservar flexibilidade da coluna.
- evitar enfraquecimento muscular.
- alongamentos.
Alguns exemplos de exercícios:
- auto-alongamentos:
a) Em decúbito dorsal, braço ao longo do corpo: tração axial ativa cérvico dorsal.
b) Em decúbito dorsal, mãos colocadas sobre a haste anterior: mesmo exercício anterior com uma ligeira tração.

FUNÇÕES CARDIOPULMONARES
Elas são tanto mais perturbadas quanto mais grave for a escoliose, e conseqüentes deformações torácicas. Os pulmões são reduzidos e tanto mais abaixados quanto a rigidez torácica limita sua expansão. O pulmão da concavidade respira ainda pior que o da convexidade. O movimento diafragmático, como o dos outros músculos respiratórios é perturbado. Assim, o escoliótico com curvatura de ângulo grande pode tornar-se um deficiente respiratório profundo com prognóstico de vida reservado.
A insuficiência respiratória se instala progressivamente: dispnéia de esforço ou bronquiopatias. Nos casos graves, o coração é afastado pela opressão que a retração e a esclerose pulmonar trazem para a pequena circulação (síndrome coração-pulmão).

COMPLICAÇÕES TARDIAS
Para o adulto, além de quadro evolutivo da doença, elas são também de ordem artrósica. Elas se traduzem por algias da coluna, dores de origem articular e de origem radicular, por irritação do tronco do nervo espinhal no canal invertebral estreitado.
Em compensação, no paciente jovem, os fenômenos dolorosos são muito raros. Mas, pouco a pouco os discos perdem sua elasticidade. Por outro lado, as pressões desiguais sofridas por cada metade lateral dos corpos vertebrais perturbam seu crescimento: retardando o lado côncavo, ponto de pressão máxima, crescimento normal ou mesmo aceleração do lado convexo, ponto de pressão mínima.
Assim, o tecido ósseo reage. Ele torna-se mais denso para resistir aos excessos de pressão (lado côncavo) e calcificações podem aparecer nos ligamentos, espécies de tirantes que sustentam a coluna dobrada. Do lado convexo, ao contrário, os corpos vertebrais não têm mais, ou quase, o papel de apoio e se descalcificam.

CONCLUSÃO
Conclui-se então que a reeducação da postura em situação que não cause nenhum dano as estruturas. A posição adequada de equilíbrio pode evitar deformidades importantes e que pode Ter uma evolução significativa e deve ter um acompanhamento periódico e um tratamento adequado.

Obs.:
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Hérnia de Disco! Não faça cirurgia! - RPG

Sabe-se que 80% da população mundial, já passou ou passará um dia por uma crise de dor nas costas. Estima-se que no Brasil existam mais de 5 milhçoes de pessoas afetadas por hérnias discais.
Imagine o tamanho so dofrimento dessas pessoas, com dores frequentes e ininterruptas, a procura de uma solução. Com toda certeza irão escolher aquele profissional que dá a opção mais imediata. "Que tal uma cirurgia?".
A hénia d disco tem sinais e sintomas muito claros, podendo, se fazer um diagnóstico clinico, que será confirmado e reforçado por uma tomografia computadorizada ou uma ressonância magnética. O RX, não mostra a hérnia, mas algumas imagens podem sugerir a existencia de uma.
.Existem critérios muito bem definidos que devem levar uma pessoa a uma cirurgia de hérnia de discol, entre eles: Perda de força muscular, hipotonia, atrofia e perda de urina.
Normalmente quando se escolhe um tratamento, muitas vezes pelo desespero e pela falta de conhecimento, o paciente opta por uma escolha errada. a escolha dacirurgia. Cria-se a ilusão de que toda recuperação é boa e rápida, e que terá vida normal em poucas semanas. (quantas são poucas semanas?).
Uma cirurgia na coluna é sempre arriscada, mesmo que seja uma cirurgia minimamente invasiva. É como jogar na loteria, você pode ter problemas com a anestesia, infecção, aderencia da cirurgia (muito comum), e outra série de complicações, que poderão comprometer o resultado.
Quando se opta por um tratamento Osteopático, o paciente se dá a oportunidade de melhorar, sem riscos e danos físicos, com boa porcentagem de chance de cura. E o que é melhor, caso esse tratamento falhe, o paciente ainda tem a chance de uma cirurgia.
Caso opte ir direto para uma cirurgia, não haverá mais como voltar atrás. após a cirurgia, se diminui muito a possibilidade se ter uma boa resposta com a Osteopatia.
Outra coisa importante de se dizer é que quando se trata de hérnia lombar, a hérnia não é o principal fator de compressão dos nervos, na maioria das vezes. Há um erro de interpretação na anatomia e na fisiologia da coluna, fazendo com que muitos especialistas o cometam. Por isso é muito comum no consultório termos pacientes que relatam que estão com dores iguais ou piores, mesmo ap´s a cirurgia.
Desta forma todo paciente consciente deve se dar a oportunidade de um tratamento osteopático anes de recorrer a uma cirurga. É isso que recomendamos baseado em evidencias, pesquisas e experiencia.

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RPG - Estética

Clínicas de estética oferecem RPG para gordura localizada

ANA PAULA DE OLIVEIRA
da Folha de S.Paulo

Cada vez mais as clínicas de estética se valem dos tratamentos de saúde para vender beleza.

Depois do Botox e da drenagem linfática, agora é a vez da RPG (reeducação postural global). A técnica de fisioterapia desenvolvida na França nos anos 60 é oferecida nas clínicas como método de combate à gordura localizada e à celulite!

A relação entre má postura e gordura localizada se dá quando a pessoa tem algum tipo de desvio na coluna. Com o desalinhamento, o espaço entre as vértebras é comprimido, o que pode dificultar a circulação do sangue na região. A diminuição do fluxo sangüíneo, por sua vez, acarreta em retenção de líqüido, em concentração de gordura e, conseqüentemente, no aparecimento da temida celulite, explica a fisioterapeuta especializada em terapia dermato-funcional Viviana Brant de Carvalho, da clínica de medicina estética Thyfere.

Com a má postura, alguns músculos são menos solicitados, sofrem um encurtamento e é aí que a gordura tende a se concentrar, diz o presidente da Sociedade Brasileira de Reeducação Postural Global, Oldack Borges de Barros. Para entender essa relação, ele exemplifica: "É raro a gordura se concentrar no bíceps, músculo exigido a todo momento no dia-a-dia; contudo, no tríceps, que é pouco solicitado, a gordura se acumula mais facilmente".

Voltando à má postura, "se ela pode gerar gordura e celulite, então a correção pode desfazê-las", diz Eliza Hisatugo, fisioterapeuta especializada em RPG e que aplica a técnica para redução de medidas no Mizuki.

O objetivo da técnica, como o próprio nome diz, é reeducar o corpo "para que ele se mantenha alinhado em seu eixo contra a força da gravidade", diz Maria Elisa Pimentel Piemonte, professora de fisioterapia da USP. Para tanto, depois de avaliar a postura do paciente, o fisioterapeuta, com as mãos, vai alinhando pés, joelhos, bacia e demais partes do corpo da pessoa. Esse trabalho é combinado com exercícios de alongamento e de respiração.

Terminada a sessão, o aluno deve exercitar as novas posturas no dia-a-dia. "A pessoa deve se policiar e se corrigir em tudo o que faz, em toda a sua movimentação", diz Lara Oliveira de Marchi, fisioterapeuta da clínica Spaço Corpo & Mente em Equilíbrio.

"Nas primeiras sessões, quando a fisioterapeuta me corrigia, achava que estava torta, apesar de que, olhando no espelho, estava ereta", lembra a química Monica Sampaio Doria Velloso, 26. Essa sensação, diz Marchi, acontece porque o cérebro está acostumado com a postura antiga e incorreta. "É como aprender a dirigir um carro. No começo, todo movimento é pensado, como pisar na embreagem para mudar de marcha e, ao mesmo tempo, olhar no retrovisor, mas depois o ato é automático."

Velloso, que pratica RPG há quatro meses, perdeu 7 kg dos 9 kg desejados e sente que o responsável é o trio dieta, exercícios e reeducação postural.

"No começo, tive de me policiar a cada momento para fazer o certo, mas, depois de quatro meses de sessões semanais, já me movimento normalmente, sai automático", diz a arquiteta Roberta Masini Gabriel, 32 Com 1,62 m, ela entrou na clínica de estética há cinco meses pesando 56,5 kg e com o objetivo de perder alguns quilos e de acabar com a gordura localizada. Hoje pesa 50,5 kg. "Já cheguei a pesar 50 kg, mas continuava com culote e com muita celulite. Hoje, isso diminuiu sensivelmente", conta a arquiteta, que também faz dieta e sempre praticou atividades físicas na academia.

Aliás, dizem os fisioterapeutas, de nada adianta encaixar os quadris direitinho e colocar a barriga para dentro se a RPG não for aliada à conhecida dobradinha exercício e dieta. E mais: "O programa de RPG só ajuda a diminuir gorduras localizadas causadas pela postura incorreta", afirma Viviana de Carvalho.

Em relação aos principais desvios posturais, são poucos os casos congênitos. Em geral, hiperlordose, hipercifose e escoliose --posturas incorretas e coadjuvantes no processo de retenção de gordura-- são causadas por uma vida inteira de maus hábitos no modo de andar, sentar, dormir e gesticular.

Para muitos, a curvatura da coluna de Gisele Bündchen e seu bumbum empinadinho quando faz sua famosa "paradinha" no fim da passarela são vistos como modelo de perfeição postural, mas, para Barros, caracteriza-se pelo modelo de hiperlordose --aumento anormal da curva lombar. Mas ela não tem "pneuzinhos", nem barriga, nem culote. "A má postura não é sinônimo de gordura localizada, mas é um fator desencadeante em potencial."

Como conseqüência da hiperlordose, a circulação sangüínea na região abdominal e no quadril fica comprometida, propiciando a retenção de líqüidos, a localização de gordura na região e o aparecimento de celulite, além de os músculos abdominais se enfraquecerem, projetando a barriga para a frente.

Normalmente, quem possui hiperlordose tende a ter hipercifose -aumento anormal da cifose, que é a curvatura natural da coluna vertebral. Além de imprimir uma postura de "fracasso" -ombros caídos e pescoço para a frente-, tende a promover o acúmulo de gordura na parte superior das costas, bem abaixo do pescoço, "deixando a pessoa corcunda", diz Carvalho.

Para fins estéticos, as clínicas recomendam sessões de uma hora por semana. A duração do tratamento varia de acordo com o grau do desvio da coluna, mas, normalmente, levam de dois a seis meses e cada sessão custa, em média, R$ 90.

A professora Piemonte faz algumas ponderações a respeito das promessas estéticas. "Acho excelente e muito bem-vindo o uso da técnica em clínicas de estética, mas como harmonização corpórea. Não acredito que a correção da postura seja suficiente a ponto de diminuir a gordura localizada." Para ela, são precisos estudos que comprovem a real eficácia da técnica como redutora do tecido adiposo.

E ela acrescenta que nem só programas de RPG contribuem para reeducar a postura. "Pilates, ioga e artes marciais, como caratê, também contribuem para isso."

Saiba como corrigir sua postura

  • Ao andar, mantenha o olhar no horizonte e alinhe o queixo paralelamente ao chão.
  • Parado ou ao caminhar, encaixe os quadris, contraindo os glúteos. Imagine que existe uma linha puxando seu corpo do topo da cabeça para o alto.
  • Relaxe os ombros e deixe os braços ao lado do corpo --dedo médio na lateral da coxa.
  • Sempre expire e inspire o ar completamente.
  • Ao se sentar, apoie-se nos ísquios (ossos dos glúteos). Mantenha os pés apoiados no chão, o abdômen contraído e os ombros para trás. A cada 40 minutos, levante, dê uma volta, alongue-se.



Fontes: Oldack Borges de Barros, Viviana Brant de Carvalho e Lara Oliveira de March

Dores nas costas

Podemos afirmar que a coluna vertebral é uma das principais preocupações do homem moderno. Pacientes que procuram alívio para sintomas relacionados a ela tem aumentado muito nas últimas décadas Estima-se que custo social da dor de origem vertebral seja na faixa de 3,5 bilhões de dólares a cada ano, só nos EUA, representando os 3 milhões de trabalhadores que faltam todos os dias ao trabalho devido a dores nas costas.
Um erro muito comum da medicina tradicional é considerar como normal os sintomas de dor nas costas e instituir imediatamente medicação sintomática e repouso absoluto, sem buscar a causa primária da dor, como é feito na Osteopatia e na Acupuntura.
Como que para comprovar a importância da coluna vertebral, a natureza assegurou-se de dotar as áreas vertebrais de células receptoras à dor e à pressão, capazes de reagir tanto aos estímulos exagerados quanto às alterações químicas dos tecidos afetados que ocorrem por ocasião de um sofrimento local ou uma lesão. Devido à diversidade das possíveis origens das informações dolorosas, um exame inicial rigoroso deve ser considerado. Trata-se de poder localizar com precisão a origem dos problemas antes de selecionar o melhor tratamento.
Os tratamentos convencionais podem até impedir reações inflamatórias excessivas, mas reprime os processos de regulação naturais do organismo bloqueando também os mecanismos essenciais de. Além disso, nos analgésicos e anti-inflamatórios se encontram um grande número de efeitos colaterais secundários, o que faz com que o paciente acabe por tomar mais medicamentos para acabar com seus sintomas. Esses medicamentos não são 100% eficazes no manejo da dor, muito menos na causa da dor.
A maior parte dos pacientes que buscam terapias não convencionais trazem consigo uma larga odisséia de tratamentos e decepções. Outra parcela é composta por aqueles que não toleram os medicamentos alopáticos devido a seus efeitos secundários desagradáveis, e ainda tem aqueles que procuram por pura consciência e entendimento.
Estudos têm mostrado que na maioria dos casos de dores nas costas não está indicada a terapia convencional clássica. Os analgésicos, os anti-inflamatórios, os relaxantes musculares, os tranquilizantes, são os primeiros meios a serem utilizados, mas infelizmente, provam ser inoperantes. Além disso, em nossa experiência, a suspensão pura e simples dos sintomas, sem buscar as causas primárias dos sintomas, levam, a longo prazo, à necessidade de resolução cirúrgica, pelo surgimento de uma patologia maior que ficou mascarada. Isso quer dizer que a cirurgia não está descartada como método terapêutico, mas chamamos a atenção de que o ato cirúrgico deve ser considerado somente, após o insucesso dos múltiplos meios terapêuticos existentes. É sempre o ultimo recurso.
Dentre esses métodos terapêuticos chamamos a atenção para a Osteopatia e para a Acupuntura. Seus propósitos são oferecer possibilidades terapêuticas não medicamentosa para os tratamentos das dores do sistema músculo-esquelético e vísceras.
A DOR
O paciente com dor seguramente é um paciente difícil em qualquer consulta. Para este enfermo, o centro de sua vida e de suas sensações é a dor, e a consulta ao médico ou terapeuta não-convencional sua última esperança. Como agravantes, esses pacientes tem uma vasta história de exames complementares e uma lista igualmente grande de medicamentos utilizados, incluindo remédios caseiros e os vendidos como "naturais". Apesar ou por causa disso, esses pacientes sentem-se, freqüentemente, abandonados.
Assim, precisamos não somente instituir o tratamento adequado, mas também ensinar ao paciente a conviver com a dor pois ela é o alarme de que algo está errado e nem sempre a supressão da dor é o melhor tratamento. Para complicar a situação, cada indivíduo experimenta a dor de forma diferente, e é quase impossível estabelecer um critério de comparação. Por isso dependemos da informação relatada pelo paciente, sem condições de medir a dor objetivamente. Todavia, a condução da dor pelo sistema nervoso é igual e ocorre da mesma forma em todas as pessoas.
Como resultado, é impossível dividir as dores em uma parte corporal e outra mental, pois se manifestam conjuntamente. Todos os processos corporais, de uma maneira ou de outra, são mentais. Ainda que qualquer pessoa saiba o que são as dores, é difícil formar uma idéia precisa sobre elas. Não somente não podem ser descritas, mas também são de se comprovar cientificamente. É impossível demostrar ou medir com exatidão se as dores existem ou não, ou se são fortes ou fracas. Constituem uma experiência totalmente pessoal e distinta.
Com base nos conhecimentos atuais, existem diversos fatores que desempenham um papel importante na experiência da dor:
- O “peso” que se dá para dor
- A atenção que se dá a dor
- O medo associado a dor
- Tristeza ou estados depressivos
- Influência familiar ou antecedentes culturais
- Caráter e estrutura da personalidade
- Capacidade de adaptação do indivíduo a situações difíceis
- Stress crônico
- Ganhos primários e secundários
Isto explica por que as pessoas podem experimentar de forma tão distinta um mesmo estímulo doloroso.
Tratamentos disponíveis
Repouso. Retirar a sobrecarga, e reduzir a movimentação. Isso deve ser a primeira atitude que um indivíduo com dor deve tomar. Mas o repouso deve ser por um tempo limitado, por isso deve-se procurar ajuda o mais rápido possível.
Na visão da Osteopatia, a imobilização total de uma articulação leva, invariavelmente, a um processo de degeneração ou desgaste da coluna. Esse fato tem sido aceito inclusive na comunidade médica, sendo cada vez mais comum, a orientação para mobilização articular precoce em pós cirúrgicos ortopédicos, como nas de joelho. As técnicas de Bandagem Funcional, empregado pelos fisioterapeutas imobilizam parcialmente as articulações, permitindo o movimento funcional e indolor, o que reduz o risco de degeneração, enrijecimento articular e atrofia óssea.
Compressas. Compressas são muito uteis no tratamento de dores na coluna. Em processos agudos deve-se usar compressas de gelo, e em processos crônicos o uso de calor é o recomendado. Podemos destacar ainda que, segundo pesquisas, o calor apresenta na maioria das vezes mais resultado do que o uso de anti-inflamatórios, sem o inconveniente dos efeitos colaterais.
Massagem. Como método de terapia manual, que deve ser realizado por um profissional bem capacitado, principalmente quando se trata de dores na coluna. As massagens atuam nas fibras colágenas e elásticas da pele, produzindo efeito trófico local. Nos músculos, reduz a fadiga e as contraturas, reduzindo significativamente a dor. As massagens atuam no fluxo sangüíneo e na tensão arterial. Além de permitir uma melhor drenagem linfática, o que resulta na reabsorção de edemas e redução da atividade inflamatória local.Para o Sistema Nervoso, as manobras superficiais tem um efeito calmante e sedativo.
Tração Vertebral. As trações vertebrais assumem um lugar importante no tratamento das dores de origem vertebral, principalmente devido ao disco intervertebral. Toda a fisiopatologia do disco intervertebral é proveniente do fato de que ele perde sua elasticidade com a idade (ressecamento) ou com imobilizações vertebrais (como pode ocorrer na subluxação vertebral). Além disso, microtraumatismos (movimentos errados na vida cotidiana, postura inadequada) ou grandes traumatismos (quedas, acidentes, esportes), podem provocar fissuras na estrutura discal. Com a conseqüente fragilidade desenvolvida, o conteúdo do núcleo pulposo (parte cartilaginosa central do disco intervertebral) extravasa provocando a chamada hérnia discal.
A tração vertebral produz um efeito aliviador no disco intervertebral, por produzir um aumento do espaço intervertebral e uma conseqüente diminuição da pressão sobre o disco. Além disso, as trações progressivas também agem na musculatura que envolve a coluna vertebral. Sob o efeito da tração, o músculo opões uma resistência devida à sua elasticidade. Assim, o músculo estirado se encurta uma vez distendido, porém menos do que se estendeu. Se a experiência for repetida, o músculo estirado apresenta após cada tração um comprimento maior.
Quando realizada de acordo com os preceitos técnicos adequados, a tração é habitualmente bem suportada graças a sua brandura, a sua lentidão, à perícia e a competência de quem a executa.
RPG – Reeducação Postural Global. Reeducar uma coluna vertebral pode mostra-se necessário nas circunstâncias suscetíveis de alterar a integridade vertebral. Dentre as técnicas de reeducação disponíveis destacamos:
Eletroterapia. A eletroterapia apresenta uma contribuição não desprezível no tratamento da dor, além de não haver nenhuma incompatibilidade com outros meios terapêuticos. Temos à disposição quatro grupos de meios físicos: corrente elétrica, vibrações, radiações luminosas e radiações eletromagnéticas. Todo esse recursos tem o objetivo de suprimir a dor, melhorar e aumentar o metabolismo celular e diminuir processos inflamatórios.
Acupuntura. Tem grande importância no tratamento dos distúrbios provocados pela coluna vertebral. Sua ação à esse nível, se exerce em três planos: Uma ação analgésica, que pode se comparar às endorfinas; Uma ação relaxante nos músculos lisos e estriados; Uma ação vasomotora (dilatação ou constrição). Além disso a acupuntura tem a função de normalizar a circulação de energia corporal, fortalecendo os meridianos energéticos e o corpo como um todo. A escolha dos pontos é a parte mais difícil, mas também a mais importante do tratamento, por essa razão deve ser feita por um profissional experiente.
Auriculoterapia. Os estudos mais recentes foram desenvolvidos pelo Dr. Nogier, que, ao observar alguns casos de supressão da dor ciática por cauterização do ápice do anti-hélix, fez a aproximação entre essa zona e a região lombo-sacra. Mais tarde, ele estendeu suas pesquisas a outras zonas relacionadas com as diferentes partes do corpo, chegando assim a reconstituir o conjunto do esqueleto e os órgãos e de todos os elementos do corpo humano. A auriculoterapia está então baseada na correspondência de cada região do corpo com uma zona reflexa do pavilhão da orelha. O tratamento pode ser feito por massagem, por pressão, inserção de agulhas, sementes, ou pontos de cristal, prata ou ouro no ponto escolhido.
Relaxamento. As diferentes técnicas de relaxamento são um auxiliar no tratamento dos problemas de origem vertebral, pois independente da causa da patologia, seja sua resolução cirúrgica ou não, sempre há um elemento de contratura.Dessa maneira, um bloqueio mecânico ao nível de disco ou das articulações posteriores, a dor conseqüente suscitaria mecanismo de defesa e igualmente uma limitação dos movimentos ao nível articular lesado. Além disso, pode haver uma hipertonia de um feixe muscular, afim de proteger um segmento vertebral ameaçado por compressões repetidas, ou um movimento brusco e violento mal programado (movimento em falso).
Osteopatia – é sempre uma boa indicação para qualquer tipo de dor. Além de ter seus resultados comprovados, e uma alta eficiência, utiliza-se de métodos não invasivos, sem danos ao paciente. Embora a sessão de Osteopatia possa parecer um pouco cara é uma das melhores relações custo benefício, em termos de tratamento, pois identifica e trata a causa das dores.
Back School – partindo do principio que uma pessoa bem esclarecida tem melhor condições para se cuidar a back school tem se mostrado muito eficiente no tratamento e prevenção de dores nas costas.
Cirurgia. No tratamento das dores vertebrais, a cirurgia deve ser considerada como ultimo recurso, quando os outros tratamentos tiverem esgotado seus efeitos, ou mostrado ineficazes. pois representam uma loteria onde o paciente tem poucas chances de ganhar, e nenhuma de voltar atrás. A indicação cirúrgica deve ser feita com grande prudência e certificando-se que:
1) todas as possibilidades não cirúrgicas foram corretamente utilizadas
2) o fator psíquico foi cuidadosamente avaliado
3) o benefício é maior do que o risco corrido pelo paciente.

Com efeito, o ato cirúrgico vertebral é tecnicamente delicado e os resultados, qualquer que seja a qualidade da intervenção, são às vezes desapontadores com pouca ou nenhuma melhora. Toda cirurgia, por mais simples que seja é um ato de risco, e suas consequências podem ser desastrosas, mesmos que o ato cirúrgico tenha sido perfeito, a exemplo das cicatrizes que muitas vezes causam tanta dor quanto o próprio problema.

Corpo e Mente


Não há na história nenhuma afirmação mais verdadeira que essa: “Corpo são mente sã”. E agora já temos comprovação cientifica do que os filósofos orientais já diziam há anos.
A Neurociência, é uma modalidade nova de estudo do cérebro e do sistema nervoso que vem nos demonstrando através de modernas técnica de pesquisa como nós pensamos, e como o cérebro funciona..
Segundo estudos recentes, foi demonstrado que nossa consciência não reside no cérebro, e sim no corpo. O que significa dizer que se não tivéssemos corpo não teríamos consciência da nossa existência, nossas emoções e sentimentos. É isso mesmo, nossas emoções e sentimentos se manifestam antes de tudo no corpo, através de aumento do suor, alterações dos batimentos cardíacos, modificamos nossa freqüência respiratória, tensões musculares, contração e dilatação da pupila, etc. Quando o cérebro processa essas informações, ele conclui se estamos com raiva, com medo, ansiosos, apaixonados ou se estamos amando! Portanto os cientistas concluíram que o corpo faz parte da mente, e mais, a mente está no corpo, o cérebro apenas processa as informações para que possamos concluir o que sentimos.
Por isso devemos sempre tratar bem o corpo (que é a casa da mente), todo tipo de cuidado para o corpo é bem vindo, desde a alimentação, passando por exercícios e massagens.
Corpo e mente tornam-se praticamente a mesma coisa, e a alteração em um traz alteração no outro, sento corpo e mente um via de mão dupla. Por isso é possível notar transtornos psicológicos manifestando no corpo, como dores musculares, vômito, alteração de postura, e em casos extremos a anorexia ou a obesidade.
Da mesma forma que podemos notar um transtorno psicológico através do corpo, podemos também tratá-los através de terapias corporais, como é o caso da acupuntura desenvolvida pelos chineses a milhares de anos, ou através de massagens, ou ainda através do Reequilibrio Somato Emocional. Trata-se deuma técnica desenvolvida por fisioterapeutas e psicólogos, que visa um tratamento para transtornos psíquicos, através do corpo, utilizando massagens e exercícios específicos. Logicamente que em alguns casos o paciente deverá ter o acompanhamento de um psicólogo, ou até mesmo de um psiquiatra, em casos mais extremos.

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Tratamento para coluna


Por: Felipe Ribeiro Mascarenhas
Fisioterapeuta
www.colunasemdor.com.br

Prevenção: O tratamento mais indicado é a prevenção. Como diz o velho ditado: “é melhor prevenir do que remediar”.
Para prevenir temos que pensar em vários aspectos, desde a alimentação até hábitos diários. Excesso de peso e/ou mudanças bruscas de peso (engordar durante as férias, gravidez) podem levar a sobrecarga na coluna e a alterações posturais.


Posições inadequadas para trabalhar, mesmo no serviço doméstico também podem trazer problemas para a coluna.


Falta ou excesso de exercícios. E também o tipo de exercício realizado. No caso dos exercícios temos que observar ainda o equipamento utilizado para realiza-los. Esteiras rolantes sem amortecimento, calçado impróprio, quadra com piso muito duro são alguns exemplos que podem trazer sobrecarga para a coluna.


Posições que são mantidas por muito tempo, como por exemplo, quem trabalha (ou brinca) no computador pode trazer tensão para alguns grupos musculares, causando desconforto e dor.


A partir da hora que você tem uma dor, ou uma limitação na coluna, então você precisa de cuidados especializados, podendo recorrer a tratamentos de diversas modalidades.


Remédios: São na maior partes das vezes paliativos, pois não atuam na causa, e sim no sintoma do problema. Lembre-se que remédios não mudam sua postura, nem alongam seus músculos. Algumas vezes a melhora acontece enquanto se toma o remédio, pois estes atuam sobre as inflamações, ou faz com que seus músculos se relaxem (mas isso pode te custar uma gastrite), isso é atuam na conseqüência e não na causa.


Os remédios podem ser usado como coadjuvantes de tratamentos fisioterapêuticos (osteopatia, RPG, Terapia
manualou acupuntura). Não use remédios sem a indicação de um Médico. (Fisioterapeutas, nutricionistas, psicólogos, massagistas não receitam remédios!)



Cirurgia: Só em caso extremos. É normalmente o ultimo recurso a ser usado. Toda cirurgia é um trauma para o organismo. Um trauma controlado, mas é um trauma. A cirurgias consiste em remover fisicamente o causador da dor, ou alterar a mecânica do corpo. (Sempre que há uma cirurgia há uma cicatriz, que também pode ser uma patologia).


Osteopatia: Indicado principalmente para casos agudos. Na maioria das vezes é o tratamento que trás maior resultado. A técnica consiste em realizar manobras sobre as estruturas da coluna com o objetivo de restaurar seus movimentos fisiológicos. É indicada para pessoas de qualquer idade, e as técnicas são realizadas sempre dentro do conforto do
paciente.



Acupuntura: Indicada para casos muito agudos onde é quase impossível que o paciente se movimente. Também tem ótimos resultados no caso de dores crônicas. A acupuntura consiste em inserir finas agulhas em pontos específicos, fazendo com que o corpo libere endorfinas (antiinflamatório natural). Estas endorfinas são substancias capazes de melhorar e aliviar dores de diversas patologias da coluna.



RPG: sua indicação é para aqueles indivíduos que possuem dores de origem postural, e dores devido à falta de flexibilidade. É um ótimo tratamento para crianças e adolescente, em fase de crescimento. Aumenta a flexibilidade da coluna e corrige alterações posturais através de alongamentos específicos.



Massagem: ótima indicação para aqueles que tem dores devido a tensões musculares, e para quem costuma sentir o “peso do dia nas costas”.



Terapia-Manual: Indicado para casos agudos e crônicos.



Back School: Indicado para todas as pessoas que sofrem ou sofreram algum tipo de dor na coluna, e para as pessoas que possuem fragilidade na coluna, como hérnias de disco, bicos de papagaio e cirurgias de um modo geral. Trata-se de uma técnica onde o indivíduo aprende a lidar de diversas formas com o problema que tem, além de aprender a realizar exercícios preventivos e de alívio para seu problema.



Também é interessante a associação das técnicas, pois não existe técnica infalível e o que é bom para uma pessoa pode não ser bom para outra, mesmo que tenham o mesmo probema.


O profissional que realiza Fisioterapia, Osteopatia, RPG, Acupuntura, Terapia Manual, tem a capacidade de realizar um bom diagnóstico, sabendo, portanto quais as indicações e contra indicações do seu tratamento. Sendo este profissional um Fisioterapeuta, ele pode ainda fazer o uso de exames complementares para ter sua conclusão.


Esse profissional tem a capacidade de realizar a maioria dos tratamentos possíveis para a coluna, caso o tratamento não esteja ao seu alcance ele também tem a capacidade de encaminha-lo a outro tipo de especialista.


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Coluna Vertebral

Por: Felipe Ribeiro Mascarenhas


Fisioterapeuta
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É comprovado que conhecendo melhor seu corpo fica muito mais fácil reconhecer seu problema e consequentemente, mais fácil de se tratá-lo. Por isso é importante, se informar ao máximo antes de realizar um tratamento, para qualquer que seja a patologia.


Observe a coluna na figura abaixo:


Coluna Vertebral


Olhando de Frente a coluna deve ser reta. Quando há algum tipo de desvio para os lados, chamamos este desvio de escoliose, e a coluna toma um formato de “C” ou de “S”.

Quando olhamos a coluna de lado notamos que ela forma várias curvas do crânio ao cóccix que chamamos de lordose cervical, cifose torácica, lordose lombar, cifose sacral. O aumento dessas curvas chama de hiper-lordose, ou hiper-cifose, e a diminuição das curvas chamam de retificação.


Tanto o aumento, quanto a diminuição das curvas podem ser condições patológicas de alterações posturais (que podem resultar em dor).

A coluna é composta pelas seguintes estruturas: vértebras (ossos), costelas na coluna torácica (também são ossos), articulações, discos, ligamentos, nervos e músculos.


Todas essas estruturas são possíveis de causar dor na coluna cada uma dessas estruturas poderá trazer uma dor com determinada característica.

  • Ossos doem quando são apertados, esfregados ou com frio;
  • Articulações podem doer durante o movimento, trazendo limitação para o mesmo;
  • Ligamentos podem doer durante o movimento, mas a dor maior é no final do movimento. Também apresentam a característica de doer após algum tempo de repouso, e a dor diminui com a repetição do movimento;
  • Nervos produzem uma dor do tipo fisgada, muitas vezes com a característica de choque e formigamento, e essa dor pode percorrer um caminho específico;
  • Discos têm uma dor característica ao movimento e pode levar o indivíduo a uma postura antálgica (ficar com a coluna torta para não sentir dor). Problemas de discos podem levar à compressão de um nervo, causando os sintomas dos nervos;
  • Músculos doem ao movimento, principalmente quando se contraem.


Além das estruturas internas da coluna, existem estruturas que podem simular dores na coluna:


  • Os rins podem simular uma lombalgia no caso de cálculos;
  • Os pulmões podem simular dores torácicas no caso de pneumonia;
  • O colo sigmóide (ultima porção do intestino, antes do reto) pode simular uma lombociatalgia (dor na região lombar com irradiação para as pernas).

Zonas de Dor
Portanto para tratar a coluna, é preciso de um bom diagnóstico realizado por um bom especialista.


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